Técnicos das unidades regionais da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), incluindo os da Região Metropolitana de São Luís, participaram, em janeiro, de dois módulos do Curso de Práticas Restaurativas, por meio da Escola de Socioeducação do Estado do Maranhão (Esma). E, neste mês, a Funac-MA realiza mais dois módulos com as temáticas: “Reuniões restaurativas” e “Reuniões restaurativas de grupos familiares”.
Em janeiro, o curso foi ministrado pelas facilitadoras do Instituto Brasileiro de Práticas Restaurativas (IBPP), Elizabeth Ramos e Ilvaneide Carvalho. A proposta foi capacitar os servidores na área de fundamentos básicos restaurativos e instrumentalizar os profissionais para desenvolver as práticas restaurativas no sistema socioeducativo.
Participaram da atividade 50 servidores das unidades de execução das medidas, entre os quais advogados, coordenadores de segurança, coordenadores técnico, técnicos da unidade e integrantes da Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD).
A presidente da Funac, Elisângela Cardoso, destacou, na solenidade de abertura do curso, a importância das práticas restaurativas. “Essas práticas são essenciais para criar um ambiente favorável ao acolhimento e a construção de uma cultura de paz, principalmente na socioeducação”. Ela informou que, desde o ano passado, as unidades vêm sendo sensibilizadas por meio de atividades formativas específicas para a utilização desta metodologia que tem como destaque o diálogo.
“O curso é um instrumento para a subsidiar a Comissão de Avaliação Disciplinar. A ideia é que as práticas restaurativas possam se somar às ações da CAD, facilitando o processo de avaliação disciplinar do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa”, explicou a coordenadora dos programas socioeducativos (CPSE), Nelma Pereira. Ela disse que o curso é, também, uma atualização estratégica para os profissionais que atuam diretamente com os socioeducandos.
Layza Lima, coordenadora técnica da Casa de Semiliberdade de Timon, aprovou a realização do curso. “Foi um momento de muita aprendizagem, a metodologia é muito rica e nos possibilita a resolução de conflitos pela perspectiva de paz em todos os aspectos da nossa vida em sociedade. Considerando os desafios da socioeducação, esta é uma prática necessária pelas teorias e técnicas que agrega a nossa rotina”, disse.
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