Com o objetivo de fortalecer a execução das medidas socioeducativas e discutir a temática “Da formação básica às metodologias e práticas técnico-científicas em meio aberto e fechado”, foi realizado, semana passada, o Seminário de Socioeducação do Maranhão, organizado pela Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), por meio da Escola de Socioeducação do Maranhão (Esma).
O evento, que aconteceu no dia 23 deste mês, no Auditório Setorial do Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís, reuniu cerca de 600 pessoas, entre representantes dos estados do Maranhão, Paraíba e Ceará e profissionais e gestores do sistema socioeducativo, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação.
Para a presidente da Funac, Sorimar Sabóia Amorim, o seminário representa o fortalecimento da prática institucional do sistema socioeducativo do Maranhão. “Foi um momento rico de troca de experiências, concepções e diálogos entre os atores do sistema do Maranhão, Ceará e Paraíba. Encerramos com êxito este ciclo de formação que nos impulsiona para reinício de novos processos formativos, com a certeza de que estamos no rumo certo da qualificação do atendimento socioeducativo no estado do Maranhão”, afirma.
“Esse seminário é de suma importância para as medidas socioeducativas tanto em meio fechado, como em meio aberto, pois é uma forma do sistema de garantia de direitos atender esses adolescentes e jovens em cumprimento de medidas”, acrescenta a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Ana Amélia Bandeira.
A palestra de abertura, “Pedagogia da presença na Socioeducação”, foi ministrada pelo pedagogo Alfredo Gomes da Costa, que destacou vários pontos da temática. “Que todos os órgãos que atuam a favor da proteção dos adolescentes em situação de risco possam contribuir com a formação integral do socioeducando, ou seja, o educando como pessoa autônoma, determinada, como cidadão participativo, crítico com forte senso de pertencimento a família humana e um profissional competente que sabe trabalhar em grupo. A ideia é dar formação integral do adolescente, contribuindo para o pleno desenvolvimento do seu potencial”, destacou.
A professora da UFMA e integrante do Núcleo Gestor de Socioeducação no Maranhão, Carla Serrão, parabenizou a gestão da Funac pela realização do evento. Ele disse que a Funac conseguiu congregar, aqui, profissionais não só de sua instituição mais de outros estados que trazem a experiência de registrar as suas práticas e de problematizar a questão da socioeducação no Nordeste.
“Espero que, depois desta experiência, a Fundação consiga dar continuidade a tantos outros seminários, pois é um espaço de discutir não só a socioeducação mas de superar os limites que ainda temos hoje. Então, a instituição está de parabéns por ter enfrentado o desafio de ter realizado um evento que conseguiu congregar mais de 600 pessoas”, parabeniza Carla Serrão.
O seminário contou com cinco eixos de discussão: Gestão do Atendimento Socioeducativo, Práticas Restaurativas, Segurança Socioeducativa, Intersetorialidade e Metodologia do atendimento socioeducativo.
“Apresentamos a importância das práticas restaurativas para os adolescentes em conflito com a Lei no Núcleo de Justiça Restaurativa do Centro Integrado de Justiça Juvenil. Trouxemos a importância da metodologia das práticas restaurativas ser uma metodologia alternativa, que pode ser complementar ou substitutiva”, explica Ângela Rodrigues, assistente social que fez apresentação no eixo Práticas Restaurativas.
“A partir desse estudo, desse diálogo, de iniciativas como essa, nós poderemos de fato chegar, não talvez a uma solução, mais a um compartilhamento de ideias que possa de fato tentar minimizar as dificuldades com as quais a gente trabalha na socioeducação”, enfatiza a promotora da área da Infância e Juventude, Fernanda Helena Ferreira.
O secretário adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Jonata Galvão, pontua que as temáticas políticas, sociais e culturais dialogam com o sistema de socioeducação. “Essas temáticas não podem passar ao lado dos estudos, das pesquisas e das discussões nas escolas e universidades e que vem contribuir de forma sólida na construção das políticas públicas”, acrescenta.
“Uma das motivações em participar do seminário foi conhecer a experiência de outros estados, pois sempre tem uma coisa a melhorar no sistema, ao observar as experiências dos colegas dos estados vizinhos, a pessoa sai com uma visão diferente do sistema socioeducativo”, frisa Welligton Santos de Carvalho, assessor de esporte e lazer da Superintendência Estadual do Atendimento Socioeducativo (Seas), do Ceará.
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