Com o objetivo de proporcionar formação aos profissionais do Sistema Socioeducativo a respeito da Justiça Restaurativa, a Escola de Socioeducação do Maranhão (Esma), da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), realizou o curso de Práticas Restaurativas, em Imperatriz, no prédio da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), no mês de novembro.
Cerca de 24 servidores do atendimento socioeducativo em meio fechado bem como os profissionais do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) participam desta formação. Os participantes aprenderam um pouco mais sobre o conceito de justiça restaurativa, conflitos, a análise das consequências da disciplina punitiva, mudança organizacional, recomendações do Sinase, normativas da Funac, dentre outros assuntos.
Para a coordenadora técnica do Centro Socioeducativo Semear, Cybelle Cavalcante, o curso de práticas restaurativas foi de grande importância para nortear as equipes de como intervir nas situações entre os adolescentes, buscando a resolução dos conflitos. “Essa metodologia se trata de um processo colaborativo, fundamentado no diálogo com o objetivo de fazer com que o adolescente reflita e se conscientize, assim como se responsabilize buscando a restauração das relações ou do dano causado. A formação foi excelente e acredito no potencial desta metodologia para o nosso atendimento”, destacou.
“Esse curso veio para contribuir com o trabalho das medidas socioeducativas em meio aberto, ampliou nosso olhar para a importância das práticas restaurativas como uma ferramenta voltada à prevenção e resolução positiva de conflitos, que tem como meta a consolidação da cultura de paz”, parabenizou a coordenadora das Medidas Socioeducativas do Creas de Imperatriz, Aretuza Lopes.
A formação foi ministrada pelas técnicas da Coordenação dos Programas Socioeducativos (CPSE), Alexandrina Abreu e Conceição Coimbra, profissionais de referência em justiça restaurativa na Funac. A palestra de abertura, com o tema “a importância da Justiça Restaurativa no Atendimento Socioeducativo”, foi ministrada pelo defensor público, Fábio Sousa de Carvalho.
O curso atualizou os servidores que já tinham a formação em práticas restaurativas, assim como trouxe novos conhecimentos para aqueles que participaram pela primeira vez do curso. “Acredito que os servidores aprenderam os aspectos fundamentais das justiças restaurativas. Trabalhamos os conhecimentos teórico, mas também a parte prática com os círculos restaurativos, declarações afetivas, reuniões de resolução de conflitos, dentro outros assuntos. Essas técnicas auxiliam muito as equipes técnicas nas resoluções dos conflitos”, pontuou Alexandrina Abreu.
“Esperamos agora que todo esse aprendizado possa ser colocado em prática, por meio de conteúdos fundamentais, para a melhoria da execução das atividades no atendimento socioeducativo, na abordagem junto aos adolescentes”, ressaltou a diretora da ESMA, Magdahyl Portela.
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