Debater sobre o protagonismo feminino na Socioeducação do Maranhão e abordar as transformações sociais que desencadearam profundas mudanças na redefinição do papel das mulheres foi a proposta do Diálogo Socioeducativo promovido pela Escola de Socioeducação do Maranhão (ESMA), da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac).
O evento aconteceu na modalidade virtual, pela plataforma do Youtube FUNAC MA. Debateram sobre a temática: Maria Mary Ferreira, professora dra. em Sociologia e pesquisadora sobre políticas públicas para as mulheres; Jucimeire Rabelo, assistente social e coordenadora dos Programas Socioeducativos da Funac; Sorimar Sabóia, assistente social e presidente da Funac/Cedca, com mediação da diretora da ESMA, Priscilla Swaze.
De acordo com a presidente da Funac, Sorimar Sabóia, é preciso reconhecer todas as conquistas que as mulheres tiveram durante toda a sua história. “É preciso continuar lutando por igualdade e equidade. As mulheres no âmbito profissional, mesmo demonstrando que têm mais estudos e são mais qualificadas, assim mesmo muitas das vezes não são valorizadas no mercado de trabalho, algumas recebem menos, mesmo desempenhando funções iguais ao dos homens”, afirma.
Na Socioeducação, a maioria dos cargos de chefias são de mulheres e temos percebido o diferencial, o cuidado, o zelo. O grande desafio não é só para as mulheres da Socioeducação, mais de todas as mulheres”, completa Sorimar.
A servidora Lígia Santos parabeniza a gestão compartilhada, feita por mulheres. “Uma das grandes assertivas da Funac é oportunizar a relação de gênero na direção e presença de mulher na gestão. Foram excelentes as pontuações sobre jornada feminina na Socioeducação”, comenta.
Para a palestrante Mary Ferreira, as mulheres vêm participando da construção de uma sociedade mais justa, por meio de movimentos organizados e reivindicativos. “A expressão poder vai muito além do conhecimento, capacidade de análise, de interagir e de agir das mulheres que se destacaram no cenário político maranhense. Para entendermos esse cenário atual em que as mulheres estão inseridas no mercado de trabalho, na arena política, entre outros espaços, se faz necessário considerar que o movimento feminista foi um elemento fundamental nesse processo de conquistas”, salienta.
“As relações patriarcais e as relações de poder um dos maiores alicerces dessa sociedade patriarcal é que a maioria de nós, mulheres, ainda não se reconhece como protagonista da própria história e capazes de ocupar espaços de poder”, pontua a chefa de Recursos Humanos da Funac, Laís Silva.
A assistente social, Jucimeire Rabelo, uma das palestrantes ressaltou que a mulher tem se destacado socialmente ocupando posições de destaque em cargos públicos, chefiando família e, se constituído, principalmente na luta pela garantia de seus direitos. “A temática faz com que a gente pense fora da caixa. Muito me honro de fazer parte da equipe de gestão. É preciso compreender que o poder feminino é exercido de diferentes formas, por meio de cargos públicos, nas suas famílias, estruturas religiosas. Umas das principais ferramentas do poder feminino é a participação e o empoderamento”, diz.
“Nós mulheres precisamos ter o apoio mútuo, precisamos acreditar e nos unirmos para realmente ocuparmos os espaços que historicamente são ocupados pelos homens”, declara a assistente social Tereza Neumann.
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