A Escola de Socioeducação do Maranhão (ESMA), vinculada à Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), realizou o diálogo socioeducativo virtual com o tema: “Saúde Mental: como se adaptar ao “novo normal” em tempos de pandemia”, na quinta-feira (25), por meio da plataforma digital Google Meet. Participaram cerca de 120 servidores da Funac de todas as áreas de atuação do sistema socioeducativo, lotados na Sede Administrativa e Centros Socioeducativos da Grande Ilha, Timon e Imperatriz.
A atividade foi conduzida pela psicóloga Luce Malba Campos, especialista em Psicopedagogia e Neuropsicologia; presidente da Associação Brasileira De Neurologia, Psiquiatria Infantil e Profissões Afins (ABENEPI) – Capítulo Maranhão.
A presidente da Funac, Sorimar Sabóia destacou a importância da temática para os servidores que atuam no sistema socioeducativo. “Quero agradecer a todos, principalmente a palestrante, Luce Malba por apoiar e ser parceira da Funac. Nós temos uma missão desafiadora e precisamos lidar com esse período difícil que é o de pandemia. Quero agradecer a todos os servidores das Unidades que estão todos os dias. A socioeducação não para e precisamos nos fortalecer. Esse momento de pandemia nos fortalece e traz acalanto para todos nós. Tivemos servidores que passaram por momentos difíceis e alguns tiveram perdas familiares. A Fundação se preocupa com a saúde mental dos servidores, para que possam desenvolver um bom trabalho”, afirma.
A diretora da ESMA, Priscilla Swaze ressaltou que o primeiro Diálogo Socioeducativo na modalidade virtual marcou a retomada das atividades de formação continuada dos servidores da Funac que estavam paradas por conta da pandemia. “Para nós foi significativo retomar as atividades e debater sobre a saúde mental com os servidores, uma forma de ir ao encontro dos anseios dos profissionais do sistema socioeducativo que tiveram que lidar com o contexto da pandemia e trabalhar nas unidades, tendo em vista que é um serviço essencial para a sociedade”, pontua.
“Conseguimos a integração dos servidores de todos os Centros Socioeducativos e diversificação dos públicos das diversas áreas da socioeducação. As demais atividades promovidas pela ESMA serão realizadas no formato virtual, EAD, utilizando a tecnologia para integrar mais servidores e manter o estímulo para a formação continuada e qualificação do atendimento socioeducativo”, complementa Priscilla.
A diretora técnica da Funac, Lúcia Diniz avalia o primeiro Diálogo socioeducativo de forma satisfatória. “Foi um evento unificado que favoreceu a participação de todas as Unidades e Centros Socioeducativos. No Diálogo presencial participavam os servidores da Grande Ilha e os diálogos eram feitos de forma separada, por regiões. Na oportunidade, o tema foi trabalhado a partir da especificidade dos trabalhadores, das questões vivenciadas no cotidiano e isso foi muito interessante”, enfatiza.
A palestrante Luce Malba destacou que os três meses de distanciamento leva a reflexão de uma nova perspectiva de vida quando o cotidiano tomar uma nova normalidade. O que será esse novo normal? “Diante desse cenário e de tantas ameaças que a humanidade já viveu é necessário avaliar como era o nosso comportamento há três meses atrás e como é o nosso comportamento hoje, que traz a doença, o luto e a perda de empregos de alguns. A crise nos proporcionou viver tantos sentimentos, alguns ameaçadores e outros revitalizadores. Durante a dor, o luto, as dores emocionais fizeram nos seres humanos ressignificar a vida. Nenhum de nós é a mesma pessoa desde que tivemos a experiência de viver a pandemia. É preciso se readequar as novas contingências, quem teve Covid-19 vive de outra forma. A pandemia mudou a forma de nos relacionarmos com o outro, com o ambiente, com o mundo e nos fez dar um novo significado as relações”, comenta.
“Nunca havia vivenciado nada relacionado a saúde mental, durante a Covid-19 houve. A gratidão já era algo meu diário, hoje aumentou mais ainda. Gratidão por cada segundo de vida”, comenta a servidora do Centro Socioeducativo Semear em Imperatriz, Cybelle Cavalcante.
“Refleti muito sobre autocuidado nos últimos meses, tem feito uma diferença enorme na minha qualidade de vida”, declara Ravena Barroso.
De acordo com a palestrante, é preciso trabalhar as relações interpessoais e os valores como respeito, empatia, cuidado e os educadores tem uma função essencial nesse trabalho. “Muitos tiveram que estar na linha de frente e dentro desse contexto nos obrigamos a nos ver, olhar o outro. Quem de nós tivemos que tomar as rédeas de outras tarefas, como ter um novo olhar e nos permitir ter outras experiências e dar um novo significado as coisas, como o dinheiro. As pessoas se permitiram viver mais e ter novas experiências pessoais”, completa a palestrante Luce Malba.
“A pandemia nos trouxe tristeza, medo, indignação pelas desigualdades e atitudes egoístas e irresponsáveis como a do presidente da República. Mas também trouxe esse ressignificar a vida, a solidariedade, a empatia, o cuidado com o outro e a necessidade urgente de políticas públicas efetivas”, ressalta a servidora Norma Passos.
A servidora Virgínia Reis salienta que a quarentena levantou uma reflexão sobre os papéis sociais exercidos. “Ao cuidar de mim, da minha saúde e me resguardar, eu cuido também da vida e da saúde do outro. É preciso ter empatia e respeito”, diz.
“Gostei muito do Diálogo. Parabéns a professora Luce, a gestão da Escola e à gestão Geral da Funac por nos oportunizar este momento de reflexão”, fala a diretora Administrativa Financeira, Cléo Protásio.
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