A Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), por meio da Escola de Socioeducação do Maranhão (ESMA), realizou capacitação sobre práticas restaurativas para os servidores do Centro Socioeducativo da Região da Baixada, do Gurupi e Litoral Ocidental (unidade de semiliberdade, localizada em Pinheiro) e Centro de Juventude Eldorado (Unidade de internação em São Luís).
A capacitação em Práticas Restaurativas é uma ação que está prevista no Planejamento Estratégico da Funac e tem como objetivo oferecer ao corpo de servidores uma ferramenta de trabalho pedagógico, para atuação junto aos adolescentes, no desenvolvimento das atividades e intervenções em situações de conflitos.
A implantação das práticas restaurativas na unidade significa, para além da adoção de uma ferramenta, a implantação de uma nova técnica e mentalidade. “A meta é possibilitar dentro dos espaços de atendimento socioeducativo da Funac as práticas restaurativas e que este seja o caminho a ser tomado por nós, pelos socioeducandos, socioeducadores e toda a comunidade socioeducativa. Que possamos avançar dentro dessa dimensão, por mais desafiador que seja o cenário, para que a gente não perca a esperança, não deixe de acreditar na paz, que vai ser sempre o melhor caminho”, afirma a presidenta da Funac, Elisângela Cardoso.
Para a gestora da ESMA, Magdahyl Portela e Silva, a capacitação tem como objetivo difundir os fundamentos, princípios, valores e a metodologia das Práticas Restaurativas. “A proposta é capacitar os servidores em Práticas Restaurativas para prevenir situações de violência e trabalhar resolução de conflitos ou relações sociais afetadas por essas situações”, comenta.
No evento de formação, as facilitadoras Alexandrina Abreu e Conceição Coimbra, trabalharam o referencial teórico da metodologia do Instituto Latino Americano de Praticas Restaurativas. “Esta metodologia, traz uma abordagem, que ajuda nos processos de trabalho de forma mais democrática, tanto para o exercício da gestão, como para a intervenção da equipe com adolescentes e famílias, isto no que se refere à intervenção individual, de grupo, para planejar, acompanhar e avaliar, assim como também nas situações de conflitos, como forma de responsabilização de atos cometidos de forma grave”, explica Conceição Coimbra.
Os servidores do Centro de Juventude Eldorado participaram de uma oficina de sensibilização sobre práticas restaurativas e de como utilizar essas práticas para melhorar o atendimento com o adolescente. “Foram utilizadas diferentes ferramentas que possibilitam um espaço de diálogo, contribuindo de forma efetiva para a reparação de danos. Utilizamos o círculo restaurativo, exposição dialogada e exibição do vídeo ‘Mediação de conflitos em uma escola’”, explica Irene Rolim, assistente social da Funac
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