25/11/2016 9:03 pm

Funac e Conselho de Serviço Social realizam seminário sobre medidas socioeducativas e a atuação dos assistentes sociais

DEBATE FORMAÇÃO
Debater o fenômeno da violência e os reflexos na atuação dos profissionais que trabalham nas medidas socioeducativas e alinhar as normativas sobre a temática foi o foco do seminário promovido pelo Conselho Regional de Assistentes Sociais (CRESS), em parceria com o Governo do Estado, por meio da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), vinculada à Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular, nesta quinta-feira (24), no Auditório do Convento das Mercês, no Centro. 

Assistentes sociais da Funac e demais profissionais que trabalham na execução de medidas socioeducativas participaram da atividade de formação. “Uma das responsabilidades do Conselho é fazer esse diálogo com as instituições onde as profissionais atuam, dentro de uma perspectiva pedagógica”, disse Lucilene Guimarães, agente de fiscalização do CRESS. “Esse seminário foi, portanto, uma oportunidade de atualização profissional e um momento de reflexão dos desafios que temos na profissão”, contou.

A discussão sobre o fenômeno da violência foi destaque no seminário, com a pesquisadora Selma Marques da Universidade Federal do Maranhão e o representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, Luís Pedrosa. “Muitos dos jovens atendidos na socioeducação são frutos de sociabilidades violentas, além da falta de políticas públicas adequadas”, pontuou a pesquisadora Selma Marques. “Isto porque a violência está naturalizada na nossa sociedade, por isso a importância de romper com essa visão e de se construir uma cultura de paz que permeie a todos e em todas as camadas da sociedade”, frisou. 

Foto-3_Divulgação_Funac_24112016-Funac-e-Conselho-de-Serviço-Social-realizam-seminário-sobre-medidas-socioeducativas-e-a-atuação-dos-assistentes-sociaisA diretora técnica da Funac, Lúcia Diniz, fez uma apresentação do trabalho realizado pela instituição. “Na Funac, o exercício profissional do assistente social se realiza em equipes multiprofissionais e, apesar dos desafios postos, consideramos o adolescente como pessoa em desenvolvimento, portanto, sujeito de direitos e deveres e, principalmente, de oportunidades de inclusão, ninguém nasce infrator. O nosso compromisso é fazer com esse socioeducando resignifique sua vida e consiga superar as adversidades que o levaram a cometer o ato infracional”, ressaltou.

Para o assistente social Leandro Moura, da unidade de internação masculina do Sítio Nova Vida da Funac, o seminário foi exitoso. “Foi um momento significativo para refletir e fazer uma análise de conjuntura com os demais profissionais sobre a socioeducação e seus desafios”, disse.

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